domingo, 1 de dezembro de 2013

o espia

nas gavetas vazias
no fosso de despejo
Nas baratas do pensamento
no tesão embutido

pelas frestas, a luz inventada
vem o sono dos sonhos
vigiar vultos desvãos 
as coisas se furtam

nunca sandálias janelas
abertas
como o branco dos olhos
como o nada atrás

da porta

Um comentário:

angela disse...

A adrenalina de espiar se esvai rapidinho.
O verso "o sono dos sonhos" é demais de bom!