segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

todas devem pra Leila

toda mulher é meio anarquista
lenda
sob hipocrisias medulares
a esbórnia matinal da vida


toda mulher é do mundo
abilolada
as mil estilhas cintilantes
das palavras e das bombas


toda mulher é solar
e
gostaria de andar nua
por dentro e por fora no meio
da rua


é preciso des-educar-se
senão as coisas ficam sepultadas
(dentro da gente)
ou saem na urina e no cocô


se a tua alma não fosse noite
eu gritaria do fundo dos teus cabelos-névoa
ou da tua boca, que é um berço,
onde navego pela paixão de mudar
o mundo

sexo feliz como as paixões serôdias

2 comentários:

angela disse...

Sempre há tempo quando a alma está viva.
Todas devem mesmo para Leila Diniz.

filipe com i disse...

eviva Leila!