quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

o café da manhã do lagarto

o tempo se despega de mim
como se estivesse trocando
de pele

cada manhã custa renovados compromissos
acordo comigo mesmo
ruminando

cada vida que um dia
me aconteceu espero
algo

que ainda não tem contorno
(apenas pulso) continuo
a vigília mas deixei

de reparar deixei de me importar
com a chuva
com padrões de privacidade mas

relâmpagos alagam de luz
pontes vias expressas e logo as devolvem
ao breu

rasga a madrugada o raio-serpente
iluminam-se os sete bilhões de rostos
do Senhor do Mundo

a rede aviventa os mortos-vivos
banais consumidores de infernos
bairros ruas e condomínios


fechados

Um comentário:

André Brito Oficial disse...

uau....seu texto é muito bom, liindo d+ ^^
fala profundo com quem le...
to seguindo vc...^^
espero sua visita tbm www.andrebritooriginal.blogspot.com.br