Antes mesmo de
abrirmos a porta do quarto, ela já tinha uma das mãos alojada dentro das minhas
calças abarcando com destreza todo o meu equipamento geniturinário; a boca de
dentes perfeitos me beijava com vigor, a bem dizer, aplicava uma sucção
desesperada que ia arrancando a minha língua com freios e tudo. Tateando com
dificuldade, consegui ajustar a chave na fechadura.
― Acho que
vamos pular a parte do champanhe...
― De maneira
nenhuma, você cuida da rolha, e eu, da rola. Vem abrir a braguilhinha aqui no
quarto, vem!
― ... vou te
ajudar com isso...
― Deixa que esta
parte é minha, vou abrir o saco de presentes do Papai Noel... ― respondeu
atrevida. Desembaraçada do obstáculo das minhas calças e cueca, ela inicia um
trabalho de sopro com tanta gana que os meus bagos são dragados pela garganta
profunda.
― Calma aí,
você vai engolir meus tomates desse jeito! ― protesto sem muita convicção.
― Ughmmmfmm!?!
― Quê?!
Ela
desboqueteia o valioso nervo para envelopá-lo com a camisinha.
― O pepino já tinha
ido, gosto de engolir a horta toda.
― Toma teu
rumo, cachorrona, depois do café o que você tá precisando mesmo é do leitinho
de miápica ― antecipava gulosamente o calor da gruta quente guarnecida por um
grelinho frenético, já pressentindo a fúria uterina daquela mulher-diaba.
A chapeleta do
meu bilau tornou-se escura, uma imensa e tensa amora prestes a explodir como
uma granada entre as mãos da bacante com malemolência de profissional. Plop!
Salta a rolha da garrafa de champanhe. Abandona então brevemente a sua presa de
carne e passa a aplicar igual tratamento ao gargalo do brüt, sorvendo a espuma do espumante enquanto me empurra na direção
da cama e monta na estaca emborrachada, dando início a um galope sem brida que
me levou ao zênite... rápido demais!
― Ai, que
vergonha, gozei... ― pois é, tenho esse problema; maiormente em situações
imprevistas como esta: precocidade na finalização, algumas damas mais exigentes
chiam contra este que é um dos gatilhos mais rápidos da zona oeste. A mina,
porém, não deixou a peteca cair.
― Que lindo,
você gozou pra mim, baby. Mas ainda quero mais, e você vai me dar mais.
Baby?! Não
tive sequer o lazer de me indignar com o apelido cuti-cuti: a doidivanas já
iniciara uma providencial massagem prostática com o indicador direito,
ordenhando o pingolim com a canhota em busca da rigidez perdida. Em situações
vexatórias como esta, só mesmo o bom e velho fio-terra para resolver as
questões hidráulicas envolvidas na árdua tarefa de reanimação do Ciclope
adormecido. A danada estava realmente aproveitando ao máximo o curso de
cuidadora no Sírio-Libanês ― será que o meu plano cobre um home care desse nível?
― Humm, humm,
olha lá, que fofo, ficou durinho de novo, hmm, gostoso!...
Love labor’s rewarded; depois de auxílio
tão luxuoso na cuíca, minha pipa empinou novamente, e debicava infrene, ansiosa
por voltar à ação. Não se fez a moçoila de rogada: atirando-se de costas na cama
redonda, arreganhou o compasso, descortinando uns lábios superiores,
inferiores, maiores e menores cuja cor de morango convidava para uma
tradicional socada missionária.
― Ah,
benzinho, se é pra let’s go, que seja
now ― renovado o orgulho da vara varonil,
e com o tarugo devidamente revestido pelo látex galvanizado, resolvi me fazer
de caro.
― Anal?! Now? Nada mal, por que not? Quem não arrocha, não atocha; vem
meu tigrão, vem ni mim que eu tô facinha!
E vim, ou
melhor, fui, com tudo; porta da frente, porta de trás, meia nove sem frescura,
sentada reversa na maçaranduba, giratória... uma recapitulação do Kama Sutra em
versão de bolso ilustrada. Minha valorosa partner
exibia todos os estigmas que identificam a mulher-violino ― aquela que canta no
pau ―, a marca d’água da verdadeira safada: encharca o lençol, grita, morde a fronha, senta,
rebola, e ainda bate um bolo.
3 comentários:
Foi comido...
e o que é pior, publica
um esculacho
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