quanto mais
cresce a memória (mais cresce)
a morte
porque o
fantasma que anima
o homem é uma
máquina
de esquecer e
lembrar a crescer
para a morte
e não digo isto
tristemente
porque também é
fato
a memória
disfarçando (se) de vida
torna (a) menos
amarga
mais digna sutil
tênue e talvez
menos provável
um hoje grande e
mutante
pede menos a
eternidade preguiçosa
dos ídolos
mas o câmbio o
desaparecimento
a cooperação na
libido
universal
atuar sem nome e
não ser (um puro nome)
ocioso
não acreditar na
arte como curso preparatório
extensão
conhecimento (da vida)
apenas uma forma
desperdiçada
de buscar
fugindo caminhar
se perdendo
viver é viajar
durante o inverno
e a noite
procurar uma
passagem pelo céu
onde nada
luz
Um comentário:
As contradições de ser matéria viva e "consciente".
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