sábado, 26 de fevereiro de 2011

A gente vai levando

Muralhas
cercam
meu carinho
para que ele
possa viver
não há saída

Minha dor
é
filha da solidão
d'estéril serro
colheita perdida
sangue infecundo

escorre muda

Só suspiro

palavra que não nasceu


3 comentários:

filipe com i disse...

uhu! a palavra ainda não nasceu, a poesia sim - parabéns poeta!

angela disse...

Obrigada amigo

Lau Milesi disse...

Oi Angela, vim conhecer esse espaço. Adorei! .
Muitas vezes a mudez é quem exprime, da maneira mais pura, o que trazemos de verdadeiro dentro de nós. Repito o que disse no seu blog. Parabéns, mais uma vez, pelo belo poema.
Beijosss