O Inferno de Lilith
Na sala de visitas
comemoram
os belos, os fortes, os fartos, os naturalmente bons.
Mas aqui
Na epigênese imperfeita da minha alma,
Na rutilância fria do meu lastro
de correntes,
As garras dos sonhos impossíveis já afundam na minha pele.
Na minha pele
Nesta pele que crepita sob o sol do tempo
mas não larga, minha pele não me larga,
metamorfose incompleta
E eu vôo, inseto no deserto da ampulheta
e eu lacrimejo meu veneno, cobra involuntária.
Mas agora
Agora que ventilo o porão do que eu jamais serei,
arreio vencida, fustigada debaixo de açoites invisíveis
E ergo um brinde
Um brinde às máscaras
Às máscaras da comunhão e da benevolência.
Na sala de visitas
comemoram
os belos, os fortes, os fartos, os naturalmente bons.
Mas aqui
Na epigênese imperfeita da minha alma,
Na rutilância fria do meu lastro
de correntes,
As garras dos sonhos impossíveis já afundam na minha pele.
Na minha pele
Nesta pele que crepita sob o sol do tempo
mas não larga, minha pele não me larga,
metamorfose incompleta
E eu vôo, inseto no deserto da ampulheta
e eu lacrimejo meu veneno, cobra involuntária.
Mas agora
Agora que ventilo o porão do que eu jamais serei,
arreio vencida, fustigada debaixo de açoites invisíveis
E ergo um brinde
Um brinde às máscaras
Às máscaras da comunhão e da benevolência.
2 comentários:
eu estive lá! foi de arrepiar até os pelos da alma, a balada já é uma realidade na cena cultural paulistana, parabéns, Nina, parabéns b_eco.
Feminino!!! Belo.
Postar um comentário