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(foto Silvia Michels)
Toca minha pele
as marcas da saudade,
Com espanto e dor
olho o horizonte.
Tão próximo ficou!
Se você soubesse
a crueza das palavras que me digo.
Como arranco
sem compaixão os sonhos de minha pele.
Não estranharias
as coisas que agora falo
Devoro minhas ilusões todos os dias
como a águia de Prometeu.
Só assim não enlouqueço
em devaneios.
Ah este lugar desamparado,
onde a gente é sempre tão pequeno! .
Um comentário:
Bárbaro, violento! devoro essas ilusões como se fossem águias, que desamparo é este? parabéns!
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